www.cidademarketing.com.br Cidade Marketing: A mídia gerada pelo consumidor.

sexta-feira, agosto 15, 2008

A mídia gerada pelo consumidor.

MUDAMOS! O blog se transformou em um Portal.

www.cidademarketing.com.br (Portal CidadeMarketing)

O Projeto CidadeMarketing surgiu em março de 2007 quando desenvolvi um blog com artigos pertinentes as áreas de gestão de marcas e marketing. No início de 2008 resolvi ampliar o projeto e transforma-lo em um Portal de Conteúdo sobre Mercadologia no intuito de disseminar informações e conhecimentos. Apresento agora para vocês o CidadeMarketing através do link http://www.cidademarketing.com.br/ , espero com esse veículo de comunicação contribuir para o desenvolvimento acadêmico e profissional de todos.

Conto com vocês para colaborarem com esse mais novo veículo de comunicação interativa que visa produzir, informar, discutir e promover assuntos pertinentes a área de marketing.

Abraços e sucesso, Thales Brandão

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A inteligência de marketing como uma ferramenta para analisar e monitorar o boca a boca on-line.

Com o advento da web 2.0, ou seja, uma internet como plataforma que utiliza um efeito de rede aproveitando a inteligência coletiva e o avanço das tecnologias digitais, o consumidor passa a ter um acesso maior à informação bem como a facilidade em expressar suas opiniões. Nesse cenário surgiu à mídia gerada pelo consumidor ou consumer generated media, que são conteúdos criados e divulgados pelo próprio consumidor, estando presentes em comentários, fóruns, lista de discussões, blogs, fotologs, comunidades, grupos e sites participativos.




Os consumidores passaram a utilizar essas ferramentas para divulgar, sobretudo, suas experiências pessoais e opiniões em relação a produtos, serviços, marcas, empresas e notícias, assim como acontece com o boca a boca tradicional bastante utilizado dentro do nosso processo de compra. A consagração da prática de marketing acontece no momento em que se realiza a aquisição dos bens ou serviços oferecidos. E, cada vez mais, estende-se à pós-aquisição, a fim de garantir a satisfação plena e a fidelização do consumidor.


Quando essa aquisição – genericamente denominada consumo – não ocorre de maneira plena satisfatória, todo o esforço de marketing está condenado ao fracasso. Segundo Mitsuru Higuchi, o comportamento de um mercado costuma ser avaliado pela média de comportamento de seus componentes. Mas, dentro dele, grupos diversos apresentarão médias diversas, formando nichos mais receptivos ou mais refratários aos bens e condições que temos a oferecer.
O marketing deve estar sempre atento a essas variáveis de comportamento do consumidor, não só para a formulação de suas estratégias, mas também para detectar riscos, ameaças ou até novas oportunidades. A inteligência de marketing deve monitorar e analisar o boca a boca online, visando assim manter um diálogo aberto, franco e pessoal com seus consumidores em outro nível: o da camada social, que chamamos de social mídia.


Segundo Kotler, a inteligência de marketing é a coleta e a análise sistemáticas de informações publicamente disponíveis sobre concorrentes e desenvolvimentos no ambiente de marketing. O contato e a relação próxima com o consumidor é importante e vital para o sucesso de qualquer produto ou serviço. O consumidor é a principal fonte de informação, ele pode ser seu melhor amigo ou seu pior inimigo, a sua exteriorização de experiência é vivenciada e relatada através do boca a boca online.
No Brasil, empresas como Microsoft, Natura e Boticário já possuem grupos de profissionais para relacionamentos online, os chamados “mediadores da web 2.0” que têm a função de monitorar as mídias sociais como Orkut, Youtube, blogs, fóruns e outros canais de comunicação online. A necessidade de preparar esses profissionais para entender à relação consumidor e marca é fundamental para gerar inteligência de marketing às empresas.




As comunidades virtuais representam um espaço de oportunidades e riscos para as empresas, em função do grande número de pessoas interconectadas e do modo espontâneo dos consumidores se expressarem. As mensagens chegam rapidamente a seus participantes, e seus efeitos para as marcas podem ser positivos ou negativos.
O papel do profissional de marketing é interpretar a fala dos consumidores no ambiente online gerando assim oportunidades de marketing, relacionamento e monitoramento de reputação da marca. Esse canal online deve ser correspondido de forma individual para o consumidor e respeitando o objetivo principal das redes sociais que é o compartilhamento de idéias entre pessoas que possuem interesses e objetivo em comum e também valores a serem compartilhados.
Em vez de ignorar, use o poder da mídia social para favorecer o crescimento das marcas e empresas.




Alguns exemplos de mídias sociais:

Comunicação
Blogs: Blogger, Wordpress
Microblogs: Twitter, Pownce
Redes sociais: Orkut, Facebook, LinkedIn, MySpace
Eventos: Upcoming

Colaboração

Wikis: Wikipedia
Social bookmarking / Agregadores de sites: Del.icio.us and StumbleUpon
Social News ou crowdsourcing: Digg, Reddit, EuCurti, Rec6
Sites de opiniões: Epinions

Multimídia

Compartilhamento de fotos: Flickr, Zooomr
Compartilhamento de vídeo: YouTube, Vimeo
Livecasting ou transmissão ao vivo: Justin.tv
Compartilhamento de música/áudio: imeem, Last.fm

Entretenimento

Mundos virtuais: Second Life
Jogos online: World of Warcraft
Compartilhamento de jogos: Miniclip.com


Referências
YANAZE, Mitsuru Higuchi. Gestão de Marketing e Comunicação – Avanços e Aplicações. Editora Saraiva. São Paulo. Ano 2007.
Glossário Philip Kotler - Administração de Marketing - 12 Ed.
Imagens:
* www.sxc.hu
* www.orkut.com
* www.natura.com.br
* www.microsoft.com.br

Download do Artigo em .pdf

8 Comentários:

Às 10:44 AM , Anonymous Anônimo disse...

O grande desafio dos gestores e intérpretes dessas informações é, sem dúvida, filtrar a infinita quantidade de dados, atribuindo-lhe relevência tal que impliquem na implementação das estratégias de marketing. Acreditoq que o advento das tecnologias de inteligência artificial ajudem nesse grande desafio. Abs. e parabéns pelo novo artigo. Abs. Abelardo

 
Às 9:14 PM , Anonymous Anônimo disse...

Muito legal seu artigo. Na hora de escolher minha acomodacao aqui em Beijing, o boca boca online foi a ferramenta que usei para me auxiliar na escolha, uma vez que nao conhecia nenhum albergue na cidade. Gracas a Deus deu certo.
abracao e sucesso sempre.

 
Às 11:53 PM , Blogger Giselle Pietro-Bom disse...

Olá Thales!
Achei muito interessante o seu artigo! Li ontem mesmo, quando recebi via msn.
Você falou sobre duas coisas que eu não havia relacionado: Brand Equity e Viral(não nessas palavras, claro, e se você aprofundasse, renderiam muitos outros assuntos). Eu acredito que o Viral seria o ápice desse processo de mídia gerada pelo consumidor. O consumidor se identifica ao ponto de ser o próprio "propagandista" - espalhando o vídeo (peça publicitária) por toda comunidade virtual.

Já li sobre o mediador da web 2.0, alguns lugares dão o nome de "Gestor". Acho interessante a maneira como algumas empresas "lidam" com esse recurso. Li que o Boticário, não interfere nas opiniões, apenas "monitora" o que é dito (tudo que circula) a respeito da marca. Outras marcas tentam mudar a concepção do cliente a respeito do produto ou serviço.

Também já ouvi falar em evangelizador...provavelmente deve ser a pessoa que tenta "convencer" as demais do seu produto...rsrss

Ainda não vi nenhuma Bibliografia a respeito dessas novas profissões, apenas alguns artigos na internet.
Parabéns pelo site!

Ah! Se eu disse alguma besteira me fale, porque são conclusões que tirei...ainda sou estudante e, por isso, não falo com "propriedade", apenas exercito a livre conclusão...he! he! he!
Abs,
Gi-Bom

 
Às 4:10 PM , Blogger Victor Cunha disse...

Muito bacana esse artigo!
Há algum tempo eu pensei um pouco nisso, mas como uma outra abordagem.
Eu sou um "consumidor 2.0" (me perdoem se existem um outro termo ara isso) aquele que compra as coisas pela internet. E antes de cada compra, sempre tento ler alguns depoimentos de outros consumidores na própria página do site de compra. Mas se vocês repararem, quase não tem depoimentos. Isso tudo é para diminuir a dissonância da compra sem uma obrigação de ser marketing viral.
Com a proliferação dos sites de relacionamento, cresceu o numero de sites criados por consumidores não só para divulgares os produtos/serviços, mas para firmarem gostos e costumes. Muitos consumidores em potencial buscam tais comunidades para dimunir a dissonância comentada acima, pois se você quer viajar para um lugar, basta entrar no Orkut, pesquisar o lugar que encontrará indicações para se fazer o melhor passeio possível. Indicam hotéis, passeios e até marcam encontros.
Há comunidades que serve até de pós-venda e assistência técnica. Vivenciei isso quando tive problemas com meu IPOD. Entrei na comunidade dessa empresa e vi bastante gente reclamando do mesmo problema que o meu. Se eu tivesse visto antes, não teria comprado o produto. Mas sempre tinha consumidores que conseguiram resolver o problema e se empenhavam em ajudar os outros.
Essa é uma ferramenta de dois gumes. A cada dia que passa não basta "empurrar" um produto, pois hoje os consumidores relatam toda experiência de seu consumo. Muitas empresas se preocupam em atingir pessoas com influência para divulgar seus produtos, mas não satisfazer simples consumidores pode se tornar um perigo enorme, pois eles poderão utilizar esses tipos de site para proliferarem seu descontentamento.

Abraço e parabéns pelo artigo,

Victor Cunha

 
Às 5:56 PM , Blogger Alexandre Maravalhas disse...

Gostei de você ter levantado essa questão. Nos faz refletir que, realmente, estes canais de interação eletrônico estão mais ativos do que nunca, embor não sejam novidade.

Dependendo da abrangência da comunidade virtual em questão, um comentário crítico, maldoso ou não, mas de alguma forma negativo, pode ser amplamente divulgado. Às vezes justamente, outras não. Nestes aspectos, da expressão do consumidor, que nem sempre vai usar do bom-senso, "protegido" por uma pseudo-máscara do mundo virtual, é que o atendimento da empresa/serviço pode estabelecer uma atuação pro e retro-ativa, no sentido de esclarecer os usuários.

Seriam eles uma nova "versão" dos ombudsmen que conhecemos?

Abraços,
Alexo

 
Às 12:41 PM , Blogger DvD disse...

Thales,

Muito interessante o tema abordado neste artigo, principalmente quando você explora a figura dos mediadores da web 2.0!

Existe uma riqueza de informações que estão concentradas de forma pura e verdadeira, e algumas empresas ainda não dispertaram para esta preciosidade.

Parabéns pelo artigo!
Deyvid Leão

 
Às 2:24 PM , Blogger Renato Dias disse...

Bacana o seu post. Acho só que faltou dizer que algumas dessas empresas citadas também estão utilizando as mídias sociais como fonte de conhecimento para inovação de seus produtos e serviços, não apenas para fins de marketing.

abração,
Renato
http://blogdoispontozero.wordpress.com

 
Às 12:28 AM , Blogger Felipe disse...

Muito interessante a abordagem ao assunto. Hoje mesmo estava conversando com uma amiga que trabalha atuando nesta área e por algum tempo fiquei pensando os prós e contras da utilização desta ferramenta. Como bem foi comentado acima, a utilização de mídias sociais extrapola o marketing e passa a ser uma fonte de inteligência de mercado, onde consumidores e potenciais deixam registrados seus anceios e expectativas, suas sugestões de mudança e de pontos fracos nos produtos/serviços. Fazendo assim, com que a empresa consiga diretrizes diretamente de seus clientes. Em contra-partida, como também foi citado, a veracidade destas informações e a exposição ao qual a empresa fica sujeita são pontos a serem pesados. No fim das contas, o negócio é colocar na balança e de acordo com a realidade da empresa ver se vale a pena ou não utilizar estas mídias sociais.

Está de parabéns pelo post e pelo blog como um todo!!

abçs
Felipe

 

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